Defender o SUS,pelo menos aqui no DF (mas, ao que tudo indica em grande parte do País também…) está se transformando em tarefa complicada, que exige do defensor argumentos (e a respectiva cara de pau) dignos de um educardocunha.
Vejam esta placa, afixada – como se fosse algo normal – no Centro de Saúde da 408 Norte, aqui em Brasília (a foto é de hoje, dia dois de fevereiro de 2016). Falta tudo, pelo visto, porque uma Unidade de Saúde que não tem nem a já centenária vacina contra tétano, convenhamos, nem mereceria este nome.
É mole?
Há alguns meses, em outra unidade (no caso o Serviço de Diabetes do HRAN) encontrei, pessoalmente, pelo menos seis placas negando algo aos demandantes (consultas, fornecimento de medicamentos e até mesmo a possibilidade de formarem fila pela ordem de chegada). E de quebra, a indefectível ameaça: MALTRATAR FUNCIONÁRIO PÚBLICO É CRIME!
Minha amiga,que havia se cortado no jardim pela manhã, foi poucas horas depois à tal unidade de Asa Norte, como aliás se recomenda mundialmente, para se vacinar e acabou tendo que pagar duzentos reais pela vacina em uma clínica particular.
Falta medicamento para câncer. Sobra fila nas cirurgias. Plantonistas não comparecem aos plantões e não há quem os faça atender. Mas não dispor de vacina contra o tétano, cá pra nós, já é demais…
Bandeira de Mello: o que fizeram do sistema de saúde que você tão competentemente concebeu?
Pensei que talvez encontrasse antitetânico no pronto socorro dos hospitais. Avalie, porém, que meu ferimento não justificava ocupar um servidor pra me atender e resolvi poupar as preciosas doses do hospital. Acontece que não há antitetânica nos hospitais públicos! Na mesma clinica onde me vacinei havia uma paciente com ferimento suturado no hospital público e “encaminhada” para vacinar-se em estabelecimento privado. Detalhe: toma-se, desnecessariamente, a tetra, pois não comercializam somente a antitetânica!