Um dia na vida de R. Romanovitch
Muito estranhos aqueles acontecimentos. – Você é culpado – era o que uma voz lhe dizia. Ou melhor, quase gritava. Não era possível saber de onde vinha e nem mesmo quem era que assim lhe falava. Seria para ele mesmo? – se indagava, sem resposta. Aquilo era tudo realmente estranho, muito fora do normal. Ele morava em um quartinho alugado, em uma travessa de uma cidade desconhecida, na qual havia cúpulas de igreja coloridas, em forma de sorvete, além de estátuas e monumentos por todo lado. Fazia frio. Havia um grande edifício, não era possível saber se era museu, prisão ou quartel. O fato é que aquele cubículo que lhe abrigava estava distante de qualquer luxo; mais parecia um armário de que uma habitação.
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