Em texto que postei aqui recentemente, em homenagem a Mário Magalhães da Silveira, fiz uma espécie de apologia aos anos 50, dizendo o seguinte: << Movimentados anos 50. No Brasil, pelo menos, as coisas nunca mais foram as mesmas. Perdemos uma Copa do Mundo, ganhamos outra. Tivemos que lidar com o golpismo explícito ou implícito de militares e civis mancomunados. Entramos na guerra fria como se fosse coisa nossa. Nossos compatriotas migraram em massa das roças para as cidades. Jorge Amado e Guimarães Rosa projetaram a literatura brasileira para o mundo. Construímos Brasília. Apesar de alguns pesares, foi lícito pensar que chegara a nossa vez de tocar algum instrumento no concerto das nações. Não foi pouca coisa, realmente.>> Pois é, eu estive presente nesses “anos 50” e posso contar. É provável que alguma coisa tenha acontecido nem no local, nem no tempo ou com as pessoas a que me refiro. Não importa. Vamos combinar: falo do que me lembro e como me lembro, tendo como ponto forte as coisas boas ocorridas. Permitam-me organizá-las e contá-las do meu jeito. Convido vocês para um giro na BH daquela época.
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