Por serras, morros, rios, vales – e História: uma festa em Sabinópolis
A Cordilheira. Talvez seja exagero chamá-la assim. Suas alturas máximas pouco passam de dois mil metros e sua extensão – assim mesmo descontinuada em alguns trechos – não chega a mil km. Além disso, não serve de divisa a países, nem mesmo a estados, já que percorre, no sentido Norte-Sul, apenas uma parte da área central de Minas Gerais e da Bahia, não chegando a cortar seus territórios de ponta a ponta. Sem dúvida, entretanto, a Serra do Espinhaço, tem presença marcante na vida de muita gente, mesmo que muitos de seus habitantes nem se deem conta que ela existe. De toda forma, é considerada pelos geógrafos como a única real cordilheira do Brasil. Recorrendo à prestimosa Wikipedia, vejo que ela se situa no chamado Planalto Atlântico, formada há mais de um bilhão de anos a partir de terrenos da era proterozóica, o que a faz rica em jazidas de minerais diversas, entre eles o ouro e o ferro, que contribuem para dar a estas montanhas um estatuto de importância econômica – ao mesmo tempo de devastação da natureza. Em Minas, o tal do Quadrilátero Ferrífero, situado ao longo de sua sombra é prova disso. Mesmo quem não se liga em geografia conhece ou já ouviu falar de algum de seus núcleos populacionais históricos: Ouro Preto, Mariana, Sabará, Serro, Diamantina, Grão Mogol e já na Bahia, Rio de Contas, Brumado, Mucugê e Lençóis. De entremeio, relíquias coloniais como Santuário do Caraça. Isso para não falar da cidade de Itabira, onde nasceu uma vasta parentada minha – e eu mesmo.
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