1. Todos são iguais perante a lei, mas é impossível não pensar que alguns parecem ser mais iguais do que os outros, como já dizia George Orwell.
2. Ele, “o cara”, definitivamente não é um santo e o inferno deveria estar repleta de gente como ele, embora não seja esta a regra do momento – o inferno só vale para alguns escolhidos a dedo.
3. Com o Legislativo, o Executivo, as Forças Armadas, as Igrejas, a Polícia e agora também o Judiciário sob suspeita, o cidadão comum procura, urgente e ansiosamente em quem confiar… Lamenta-se que os antigos hospícios tenham sido esvaziados, pois é neles, talvez, que se abrigariam os que ainda possuíssem um pouco de lucidez e confiabilidade.
4. Não se deve esperar muita coisa “das ruas”, a não ser os espasmos febris em determinados momentos ou talvez, no máximo, hordas de black blocs incendiando o mundo, a troco de nada.
5. É bom desconfiar dos “santos”, dos “iluminados”, das “almas puras”, dos que dão a última palavra, dos que deixam os militantes à deriva ao se afastarem, daqueles que em cuja sombra nada nasce ou frutifica e que galvanizam as multidões em vigílias, prantos e vivas.
6. O mundo não acabou e nem vai acabar, a não ser que haja um grande movimento das placas tectônicas ou a colisão de algum meteoro gigantesco.
7. A coisa mais fácil deste mundo é achar culpados, que vão desde a “imprensa golpista”, até a “justiça infame” ou as “maquinações da CIA e de Wall Street”, além da exposição ao desmedido e injustificado rancor dos adversários; difícil mesmo é aceitar a própria culpa.
8. Não há obra humana em que só ocorram acertos; eleger um poste, por exemplo, pode ter sido um belo passe de prestidigitação, mas certamente cobrará seu preço.
9. A conversa de “parcialidade da Justiça” e de “prisão política”, neste caso, definitivamente não convence; eis que a maioria dos votos contra “ele” foram de juízes que o mesmo nomeou (e, ao contrário, dois de seus supostos e ferrenhos inimigos votaram a favor).
10. Os brasileiros não são um povo conformista – estão apenas cansados disso tudo.
Feito o post está aberta a temporada de críticas. Mas me antecipo… Parece tudo meio descosturado e incoerente – e não deixa de ser. Mas não tenho culpa de morar num país no qual a coisa e seu contrário compartilham quarto, cama e travesseiro…
