Grande Sertão: Veredas não é, nem de longe, apenas um livro de aventuras e tropelias de cangaceiros no vasto sertão são-franciscano. Muito mais do que isso representa uma profunda e sutil viagem a temas tão variados como o amor; o livre arbítrio; Deus e o Diabo; o bem e o mal; o poder; o sagrado; o transcendental; a vida; a morte. Sim, a Morte, que se faz presente de maneira intensa nas quatrocentas e tantas páginas do livro. Utilizando recursos da internet resolvi fazer uma pesquisa quantitativa sobre isso: o substantivo morte está presente 112 vezes e o verbo morrer, no infinitivo, mais de sessenta, fora sua aplicação em variados tempos verbais. Deixando estas elocubrações aritméticas de lado, resolvi ir além. Considerando a minha atual preocupação com o tema da morte, melhor dizendo, do direito a uma morte digna, voluntária e assistida, resolvi compreender melhor os conteúdos trazidos por tais palavras no GSV e assim demarquei cerca de sessenta expressões do autor, que trago aqui numa tentativa de análise do significado das mesmas. Mas, atenção: aqui fala um simples leitor, uma pessoa que não tem formação em teoria literária, um fã incondicional da obra de JGR, que talvez peque por excesso de autoconfiança ao se meter num desafio de tal monta. Entretanto, penso que serei perdoado, já que o amor pela obra de João Guimarães Rosa me permitiria uma ousadia e um exagero como este e já me vejo redimido de antemão. Para começar, tentei uma catalogação de tais expressões em algumas categorias temáticas, de efeito apenas didático, pois certamente seus significados com muita constância ultrapassam as barreiras entre os diversos temas. São elas: (a) uma Filosofia da Morte; (b) Vida, Morte e Destino; (c) sobre o Ato de Morrer; (d) a Morte e o Amor; (e) Matar e Morrer; (f) encarando a própria Morte.
Uma Filosofia da Morte.
A morte, entre os homens do Grande Sertão, claramente, faz parte de um universo no qual se incluem coisas e fenômenos realmente incognoscíveis, misteriosos. Riobaldo declara não ter medo da morte, mas sim de algo que vem bem antes dela, o nascimento, já antevendo a gama de nefastas surpresas e traições que a vida comum do homem mortal proporciona: Ah, medo tenho não é de ver morte, mas de ver nascimento. Medo mistério.
O que seria possível a alguém, afinal, saber sobre a morte? Certas pessoas podem pensar que sabem, mas a maioria delas, se não todas, vivem mesmo é em completa na escuridão e ignorância a respeito de tal fato: o saber de uns, a morte de outros. Com isso, ele tenta ponderar, mais calando do que tentando responder, admitindo que isso seria era vasto demais para o entendimento de um homem comum e mortal como ele próprio.
E assim, cego diante do destino, indaga aos céus: a noite é da morte? Como resposta percebe apenas que nada pega significado, em certas horas – em todas as horas, certamente. E a solidão extraordinária de um mortal diante de tal fenômeno é excruciante: vi a morte com muitas caras. Sozinho estive ― o senhor saiba.
Mas, apesar da morte, a vida segue. A morte é corisco que sempre já veio. Ao comentar alguns feitos bem sucedidos de seu bando de jagunços se dá conta de algo simples, mas ao mesmo tempo cabal: a morte é para os que morrem.
Quem mereceria de fato deixar a vida? Há uma questão de mérito, aparentemente, a considerar, por exemplo, quando fala da morte de um dos chefes de bando, o idolatrado Joca Ramiro, um homem de tão alta bondade […] vivendo no meio de gente tão ruim. Vê-se assim que exercer virtudes por si só não seria o bastante, as circunstâncias do meio são por vezes mais determinativas. Ele também levanta a questão de o que faz alguém usufruir de uma boa morte, e não de uma trágica e dolorida passagem, influindo nisso não somente alguma má vida levável, a depender mais do sobrevir de Deus, que às vezes fala entornadamente, ou seja, por mensagens obscuras, oblíquas.
Mas sempre sobrarão interrogações diante do que ele denomina de mãe-morte: quem devia mais, esse morria? A morte não é para principiantes com certeza, mas um fenômeno de duas bandas, da de lá, e da de cá… Ou ainda: tempo é a vida da morte! Imperfeição, para logo duvidar de si mesmo: bobices minhas…
O recurso ao fatal mistério da morte prossegue, ao falar de homens engajados nos bandos que simplesmente sofriam a esperança de não morrer ou como em certo momento, na voz de Diadorim: morrer, morrer, a gente sem luxo se cede. O sempre citado compadre Quelemém lhe ensina algo sobre isso, diante do devaneio de Riobaldo a respeito de um sonhado mundo sem crimes, sem ambição, no qual todo sofrimento se espraiava em Deus, dado logo, até à hora de cada uma morte cantar. A resposta do compadre, um tanto enigmática foi, simplesmente: Riobaldo, colheita é comum, mas o capinar é sozinho, indicando, certamente, a necessidade de que o ser humano mortal deva se munir de perseverança e crença em virtudes reais.
Morte, Vida pós morte e Destino
Antevendo fatalidades, como é de seu feitio, Riobaldo admite: a morte de cada um já está em edital. Viver é muito perigoso é sua máxima, proferida repetidas vezes nas páginas do GSV e naquela vida de jagunços isso se torna rotina inexorável, no dia a dia. Muito cuidado, por exemplo, na hora do sono, em alguma capoeira ou lapa escondida na imensidão do Sertão, cabendo, evitar espertina de criatura sozinha, em espera de possível má morte. Arrematando seu dito, complementa que não seria o caso de se ter pena de tais criaturas empenhadas na morte de terceiros, ponderando que ninguém nunca foi jagunço obrigado. Dentro do mesmo fio de raciocínio, conclama aos sertanejos a ver o mundo do Sertão como uma espera enorme, onde ninguém poderá saber dos acontecimentos do amanhã e nem talvez dos acontecimentos da próxima hora. Em todo caso, lembrando seu compadre de sempre Quelemém, percebe que todo cuidado não será em vão, pelo que este lhe afirmara, diante de sua doutrina kardecista da reencarnação, que mesmo até algum inimigo de morte pode vir como filho do inimigo.
A morte é corisco que sempre já veio. Como jagunço e chefe de bando Riobaldo aprofunda tal imagem: morte? A coisa que o que era xô e bala. Na hora exata ela se resume em saber gritar ódio, para o ar se estragar, trançado de assovios de ferro metal. Em tal mister, presta homenagem a seu companheiro jagunço de embates e marchas pelo Sertão, Sêo Candelário, homem que mandava mortes, e matava, […] estimado por ele, por possuir o sabido motivo para perpetrar tais ações. E ali no Grande Sertão é certo que a morte reinava onipresente e mesmo que algumas vezes a vontade do personagem fosse de paz e descanso, o que mais imperava ali, no extrato, no meio daquela diversidade, despropósitos seria a morte da banda da mão esquerda e da banda da mão direita, com a morte nova em minha frente, eu senhor de certeza nenhuma. Tudo no reino do incerto e do imponderável, em cenários de mortes novas e velhas, mas mortes sempre.
Sobra lugar para uma incursão escatológica, ao falar de um jagunço Felisberto, um coitado desgraçado que carregava nos centros da cabeça, nos recessos da ideia uma bala de carabina, que de lá, de vezes em vezes, o perturbava com excessos.
Como faz parte do modo de viver sertanejo, Riobaldo não escapa de professar um marcante fatalismo, ao considerar os fatos da vida, e da morte. E momentos diferentes ele afirma que não campeava a morte, ao contrário nascera seguro e feito, lembrando ainda que antes mesmo de alguém nascer a hora de sua morte estaria marcada. Os que vão morrer te saúdam, como já diziam os antigos romanos. Em relação a seus jagunços e a si mesmo não alimenta ilusões, considerando-os todos como aqueles que para morrer estavam com dia marcado. Em relação a alguém eliminado pelo seu bando, talvez por engano, se justificou dizendo que a morte dele deu certo […] segundo tinha de ser […] por tanto que o demo não existe! Falando de outros, lembrou que morreram, porque era seu dia, deles, de boa questão.
Mas certamente nem tudo era destino, no Sertão teria, sem dúvida, mais coisas que matam, nem todas as mortes seriam sérias serenas mas também fruto doutras desgraças diversas, ou doenças para molestar.
Do Ato de Morrer
A morte deve ter seus rituais, principalmente se esta acontecer a um amigo, como era o caso do eminente chefe Medeiro Vaz, o Rei dos Gerais, sobre o qual Riobaldo narra, em relação ao momento último de sua vida: era quase sonoite. Reunidos em volta, ajoelhados, a gente segurava uns couros abertos, para proteger a morte dele. E complementa: por debaixo dos couros, podia-se ver o fim que a alma obtém do corpo.
Curiosas, ainda, são as imagens construídas em torno do momento final da vida de uma pessoa, falando de alguém sobre quem a morte pôde mais, o qual rolou os olhos; que ralava, no sarrido. Foi dormir em rede branca. Deu a venta. De outra morte, declara que alguém passou do oco para o ocão ― do sono para a morte. Há também a menção derivada de uma luta corpo a corpo em que um punhal se detém diantinho da goela, bem encostado no gogó, da parte de riba, para se cravar deslizado com bom apoio, e o pico em pele, de belisco, para avisar do gosto de uma boa-morte; era só se soltar, que, pelo peso, um fato se dava. Enfim, fala de uma morte que seria exemplar, já que sucedida num átimo, tão ligeira, tão direitinha. Alega saber distinguir, também, por ofício, os gestos de disfarce perante a morte, diferenciando quando um homem se encolhe somente ferido, ou quando retomba mesmo por desmanchado. No fundo, porém, acredita que mortes diferentes, acabam sendo mortes iguais.
Morte, Vida, Amor
Morte e Vida; Amor e Morte. Aparentemente são situações antagônicas, mas certamente existiria poesia de um lado e de outro. A narrativa roseana confirma isso, ao afirmar que morte e amor têm paragens demarcadas, mas vai além, ao indagar de seu anônimo interlocutor: o senhor havia de conceber alguém aurorear de todo amor e morrer como só para um?
O amor, de fato, é um dos marcos da grande viagem do bando de jagunços de Riobaldo pelo imenso Sertão, como anunciado, de forma oblíqua na seguinte passagem: Acho que o espírito da gente é cavalo que escolhe estrada! quando ruma para tristeza e morte, vai não vendo o que é bonito e bom. É nas veredas do bonito e do bom que vamos encontrar maiores indicativos de como fatos de tal natureza, vis a vis com a morte, aparentemente contrários entre si, na verdade se entrelaçam nas narrativas do livro.
Diadorim, com efeito, é a grande medida do sentimento do Amor que perpassa as veredas trilhadas por Riobaldo, conforme denunciado na seguinte passagem: Por que era que eu precisava de ir por adiante, com Diadorim e os companheiros, atrás de sorte e morte, nestes Gerais meus? Atrás de sorte e de morte, note-se bem. E Diadorim segue acompanhado pelo forte sentimento do amigo, que chega a indagar, do nada, como imemorialmente só os verdadeiros amantes fazem: em que era que ele devia de estar pensando, para concluir, logo em seguida que sua incipiência sobre tal assunto é total, ao ponto de arrematar de forma dramática: à minha morte esta pergunta faço.
É Diadorim que inspira em Riobaldo sentimentos profundos, dentro de um abismo em cujas escarpas, de um lado se mostrava o amor, de outro a vergonha e a reprovação social, ou seja, vida de um lado e morte, ou algo oposto àquela, do outro. E assim surge a síntese tão trágica: o senhor pensa que morte é choro e sofisma ― terra funda e ossos quietos… O senhor havia de conceber alguém aurorear de todo amor e morrer como só para um. Reflete ainda Riobaldo sobre a profunda contradição de sua vida, homem que mandava a morte em outros, mas que não podia, ao mesmo tempo, mandar o amor. E não deixa por menos: Eu queria morrer pensando em meu amigo Diadorim.
Otacília, a noiva escondida nos fundões do Urucuia faz par constante, embora contraditório, com Diadorim, nos sentimentos brutos de Riobaldo. É com ambos os membros deste par improvável que o chefe jagunço divide as melhores e mais puras atenções: minha Otacília não devia de ter escolhido justa essa ocasião, tão destacada de propósitos, para vir aventurar entre homens de morte essa delicadeza, sem proteção nenhuma, filha-de-família… Aqui o rude homem de morte que é Riobaldo demonstra uma sensibilidade inesperada, ao almejar proteger aquela pobre e delicada moça de família de se aventurar em tão inóspito sertão, onde matar e morrer constituem acontecimentos banais.
Com a noiva escolhida, mais uma vez sentimentos de Amor e Morte se confundem na perturbada mente de Riobaldo: Otacília, ela queria viver ou morrer comigo.
Matar e Morrer
Matar ou, por consequência, viver sob permanente ameaça de morte, fazem parte desde sempre do ofício de jagunço. O que era a morte naquele mundo, afinal? Apenas coisa que o que era xô e bala. No Grande Sertão da jagunçaria matar e morrer são ações que andam totalmente entrelaçadas. Sobre tal ofício, Riobaldo traz uma expressão taxativa, de auto assumida responsabilidade, ao afirmar que a vida lhe tinha colocado nas mãos o brinquedo do mundo e que aqueles a quem foi tirada a vida eles nem careciam de ter nomes […] por um querer meu, para viver e para morrer valiam.
Sobre ter algum dó de algum dos desafetos que despachou desta vida? Pena, se tive? Vá se ter dó de canguçu, dever finezas a escorpião! Pena de errar algum, eu ter podia; ah, mas não errava. Lembra que alguns deles não seriam medrosos, só que não tinham os interesses de morrer tão cedo assim.
Diante da morte, coisa que resulta de não mais do que xô e bala, seria impossível ter outros lados, servir a dois senhores. No calor das batalhas o que cabia ao valente era gritar ódio, no trançado de assovios de ferro metal. Ao mesmo tempo, porém, Riobaldo se via como um escravo de morte, sem querer próprio, no puto de homem, no danadório.
Havia também momentos de perdão e contemplação, como o total direito sobre a morte podendo ser também o de poupar vidas: aquele homem, eu estimava, porque, ao menos, ele possuía o sabido motivo. Aqui, a motivação para perdoar faz parte do mesmo universo ético que provocava a morte do outro. O sabido motivo citado diz respeito a um homem que matava, mas que sabia de fato porque agia assim. Havia realmente potenciais vítimas, que por algum motivo nobre deveriam escapar do destino, como foi o caso de Zé Bebelo, quando este ainda era um inimigo do bando de Joca Ramiro. Riobaldo se arrepia, ao considerar não ser possível, com sua ajuda, a morte de uma pessoa como Bebelo, um homem daquela qualidade, o corpo dele, a ideia dele, todo que eu sabia e conhecia. E assim pensando, conclui, de forma mais uma vez fatalista, que o ser humano representaria apenas uma coisa fraca em si, macia mesmo, aos pulos de vida e morte.
E tal visão fatalista se confirma e se amplia quando ele declara a normalidade (assim é que é, assim) do ato de enviar um grão de morte acertado naquelas raras fumaças dansáveis […] morte de homem é uma só. Exerciam-se assim certos rituais de justiça sertaneja, nos quais a pena de morte era cabível e natural, corriqueira nos dois lados dos contendores, cabendo a quem morria aceitar o poder da morte que alguém mandava, sem fazer conta de números. Em um caso, pelo menos, ele faz questão de contabilizar: uns seis, até a hora do almoço. Afinal, muitos daqueles mortos, caso poupados, tornavam a se juntar com os outros, dar relatórios.
Ao mesmo tempo uma justificativa de perdão para tais atos, quando se fala de uma vítima que parecia estar querendo morrer à brava, depressamente. E mais, que morrer em combate é coisa trivial nossa; para que é que a gente é jagunço?! Quem vai em caça, perde o que não acha. Aqueles que aceitariam matar ou morrer, simples igualmente recebem assim um tratamento de honra, de pessoa desabusada na coragem melhor ― que é a da valentia produzida.
Uma gota de humanidade, ou pelo menos de dúvida ética em relação aos feitos do bando, todavia, não deixa de estar presente no cenário dos morticínios: Mesmo com a minha vontade toda de paz e descanso, eu estava trazido ali, no extrato, no meio daquela diversidade, despropósitos, com a morte da banda da mão esquerda e da banda da mão direita, com a morte nova em minha frente, eu senhor de certeza nenhuma.
Encarando a própria Morte
A vida nos bandos de jagunços implica, por obrigação, na necessidade de saber lidar com a própria morte, acima de tudo saber evitá-la a todo custo, mas ao mesmo tempo assumi-la e aceitá-la com naturalidade e destemor. Da mesma forma, caberia transformar a morte de si próprio ou dos outros em acontecimento natural, parte indissociável do ofício de jagunço. Riobaldo lida com isso todo o tempo, tendo em seu entorno um ambiente fortemente determinado pela presença da Indesejada e até mesmo, em dado momento, se faz pactuário, à moda de um Fausto, para tentar evitar que isso lhe ocorra, embora não ignore o possível vazio e irrealidade de tal iniciativa.
Havia ali também quem procurasse a morte de si próprio forma ativa, como o notório Sêo Candelário, que bebia constantemente uma forte cachaça, por ter medo de estar com a lepra, doença que lhe afetara o pai e os irmãos.
O enfrentamento da morte em inúmeras situações se avulta, por exemplo, quando ele se refere aos riscos que seus companheiros corriam como nada mais do que uma obrigação trançada estreita, a encaminhá-los, sem apelação, de cór para a morte. Na sua ousadia de jagunço, perante a morte inclusive, afirma ser incapaz de pedir perdão a quem quer que seja, por achar que quem age assim com vistas a escapar com vida de alguma refrega merece é meia-vida e dobro de morte. E é um homem conformado com tal estado de coisas que fala: estou no meu canto […] me acostumando com o momentozinho de minha morte.
Tais decisões, com certeza, exigiriam método, e ele não teme tocar a própria mão da morte, á maneira de um boiadeiro, por exemplo, que carimbasse com seu ferro de marcar o gado cada janela, porta ou tábua de curral por onde andasse, para se dar a conhecer. Para ele, não era o caso de caçar a morte, mas sim encontrar, cada vez mais, uma coragem maior para se haver com ela. Dentro dele, como uma serepente, algo fazia com que ele se transformasse, em um modoque doía e prazia, de tal forma que se ele viesse a morrer nem se importaria, ou conforme suas palavras: se amanhã meu dia for, em depois-d’amanhã não me vejo.
Fatos da vida de jagunço, talvez abrindo portas para arrependimento e remissão: não era propriamente medo de morrer que Riobaldo admitia possuir, apenas não queria que os outros percebessem a má loucura de tudo aquilo.
***
