PMDB: ano que vem, mês que foi…

PMDB GELEIA GERALE lá se foi o PMDB cumprir sua sina de ter nascido para ser governo. No caso, sair de um governo para continuar a ser governo.

Vargas Llosa disse certa vez que o PRI mexicano havia inventado a ditadura perfeita, que tinha tudo de democracia, sem deixar de ser ditadura. Aliás, os mexicanos se esmeraram já desde o batismo do partido, ao mesmo tempo “revolucionário” e “institucional”. Mais exótico, impossível. É a jabuticaba mexicana.

Mas o PMDB brasileiro, coisa nossa, o supera… Ele é governo até quando deixa de ser governo. Ele promove a crise (ou ajuda bem na evolução da mesma) e ao mesmo tempo apresenta a fórmula para resolvê-la. Bate o escanteio e cabeceia. Para o PMDB só existe uma vergonha: estar longe do Poder. E faz disso seu mister, custe o que custar, f*-se o resto…

E em cinco minutos resolveram tudo Mais eficiente, impossível.

Os acontecimentos de hoje me trouxeram à memória uma antiga canção de Gilberto Gil, Geleia Geral. Lembram-se dela? Transcrevo a letra abaixo.

É não apenas a geleia mas a lambança geral.

Bem dizem os versos de Torquato Neto: Ê bumba iê iê boi / Ano que vem, mês que foi / Ê bumba iê iê iê / É a mesma dança, meu boi.

E acrescento: É Cunha iê iê boi / Michel já vem, Dilma foi / É Cunha iê iê iê / Pouca vergonha, meu boi…

Já disse e repito: Madame, corre para a oposição, não espere o pé na bunda final de impixe!

 

 

Geléia Geral
Gilberto Gil

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Um poeta desfolha a bandeira
E a manhã tropical se inicia
Resplendente, cadente, fagueira
Num calor girassol com alegria
Na geléia geral brasileira
Que o jornal do Brasil anuncia

Ê bumba iê iê boi
Ano que vem, mês que foi
Ê bumba iê iê iê
É a mesma dança, meu boi

Ê bumba iê iê boi
Ano que vem, mês que foi
Ê bumba iê iê iê
É a mesma dança, meu boi

“A alegria é a prova dos nove”
E a tristeza é teu Porto Seguro
Minha terra é onde o Sol é mais limpo
Em Mangueira é onde o Samba é mais puro
Tumbadora na selva-selvagem
Pindorama, país do futuro

Ê bunba iê iê boi
Ano que vem, mês que foi
Ê bunba iê iê iê
É a mesma dança, meu boi

É a mesma dança na sala
No Canecão, na TV
E quem não dança não fala
Assiste a tudo e se cala
Não vê no meio da sala
As relíquias do Brasil
Doce mulata malvada
Um LP de Sinatra
Maracujá, mês de abril
Santo barroco baiano
Super poder de paisano
Formiplac e céu de anil
Três destaques da Portela
Carne seca na janela
Alguém que chora por mim
Um carnaval de verdade
Hospitaleira amizade
Brutalidade, jardim

Ê bumba iê iê boi
Ano que vem, mês que foi
Ê bumba iê iê iê
É a mesma dança, meu boi

Ê bumba iê iê boi
Ano que vem, mês que foi
Ê bumba iê iê iê
É a mesma dança, meu boi

Plurialva, contente e brejeira
Miss linda Brasil diz: “Bom Dia”
E outra moça também, Carolina
Da janela examina a folia
Salve o lindo pendão dos seus olhos
E a saúde que o olhar irradia

Ê bumba iê iê boi
Ano que vem, mês que foi
Ê bumba iê iê iê
É a mesma dança, meu boi

Um poeta desfolha a bandeira
E eu me sinto melhor colorido
Pego um jato, viajo, arrebento
Com o roteiro do sexto sentido
Faz do morro, pilão de concreto
Tropicália, bananas ao vento

Ê bumba iê iê boi
Ano que vem, mês que foi
Ê bumba iê iê iê
É a mesma dança, meu boi

Ê bumba iê iê boi
Ano que vem, mês que foi
Ê bumba iê iê iê
É a mesma dança, meu boi

É a mesma dança, meu boi
É a mesma dança, meu boi
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