Cidade em trabalho de parto: assim Chaya Pinkhasovna viu Brasília
Clarice Lispector nasceu na Ucrânia pré soviética, recebendo o estranho nome acima. Judia na origem, virou pernambucana, carioca e finalmente brasileira, da variedade universal. Muito do encanto complexo de sua escrita vem exatamente de uma estranheza ela nos provoca, mas que ao mesmo tempo, por vezes, também nos abisma pela cristalinidade que ela é capaz de nos trazer, a partir do nada. Chaya viu Brasília nascendo, ou quase. E se estranhou o que viu, também se extasiou. Esplendorosa foi um dos adjetivos que utilizou para a cidade, em uma das duas longas crônicas que escreveu sobre ela. Foram três as suas passagens por aqui: 1962, 1974 e 1976 e os textos que escreveu, em duas dessas ocasiões, mostram alguém que tenta decifrar a identidade daquela estranha cidade recém-criada. Nesta, a força de um discurso oficial e de um planejamento centralizado, junto com a ausência de multidões e também de esquinas, chamaram a atenção da escritora. Aqui vai uma seleção de suas impressões. Estávamos na década de 60, é bom lembrar: era outra cidade, era outro Brasil; outras eram as esperanças. O Brasil, de certa forma, também estava começando. Depois capotou. Vamos aos delírios de Chaya. Continuar lendo “Cidade em trabalho de parto: assim Chaya Pinkhasovna viu Brasília”


Vamos combinar de início: aqui fala um fã, um apaixonado pela iniciativa. Tanto que me transformei em voluntário, com muita honra! Mas é difícil não se apaixonar… Talvez alguns promotores xiitas não se sensibilizem, mas pessoas normais, com certeza. Aliás, qualquer pessoa que venha ao Hospital da Criança José de Alencar de Brasília (HCB) ao chegar percebe que está em um lugar “diferente”. Isso não acontece apenas com quem vem para trabalhar ou se tratar, mas afeta a todos que por algum motivo aqui fazem presença: visitantes, fornecedores, prestadores de serviços, curiosos. Todos!
Oitenta dias longe do Brasil. Mais do que isso, distante dos filhos, netos e
E agora, Jair? /