E agora, Jair? / A eleição acabou, / A verdade surgiu, / Seu povo ficou, / Mas outros vieram, / Pra lhe atazanar. / Sua noite esfriou, / Sua cara caiu, / E agora Jair? / E agora, você? / Você que é o mito, / Que zomba dos outros, / Que não está nem aí, / Que mente e confirma; / E agora, Jair? (Leia mais…)
E agora, Jair?
A eleição acabou, A luz acendeu, Seu povo ficou, Mas outros vieram, Pra lhe atazanar. Sua noite esfriou, Sua cara caiu, E agora Jair? E agora, você? Você que é o mito, Que zomba dos outros, Que não está nem aí, Que mente e confirma; E agora, Jair?
Está com Damares, Mais Guedes e Heleno, E o arcaico Araújo. Tantos lhe rodeiam, Achando-lhe o tal. Mas você está preso Em seu quarto vazio, Você e sua bolsa De colostomia. Já não pode sair, Gritar já não pode E nem ameaçar. As coisas mudaram Em todo o país E agora, Jair?
E agora Jair? O cheque a Michele, O falso assessor, O filho que berra. O General que desmente… A mídia encantoa Mas você não admite, Que errou e ainda erra É duro Jair… Sua incoerência, Seu ódio – e agora?
Com a chave na mão Procura uma porta Não existe porta. Quer mudar pra Angra, Mas a mídia lhe espreita. Quer comer gente Em sua quitinete, Mas tudo mudou… Teus fiéis seguidores Agora já veem Que é tudo uma farsa. Quer ir para a Barra A Barra pesou Jair, e agora?
Se você gritasse, Se você gemesse, Se você ouvisse O hino nacional. Se você fugisse, Se você morresse… Mas você não morre Nem com mil facadas Você é duro, Jair!
Sozinho no escuro Qual bicho-do-mato, Sem ideologia, Sem uma mulher nua, Pra te consolar. Sem cavalo preto Que fuja a galope. Você marcha, Jair. Jair, para onde?
(Se acostuma, Jair…) |