<<Mandela estava em Xangai, hospedado na suíte presidencial de um hotel de luxo. Ao se levantar de manhã, ele arrumou a cama, como fazia onde quer que dormisse –incluindo o Palácio de Buckingham e a Casa Branca. A camareira que respondia pelo seu quarto ficou preocupada, como se já não soubesse seu lugar no mundo. Mandela, que estava participando de uma ciranda de reuniões com membros do governo chinês, foi informado da preocupação da camareira e a chamou ao seu quarto. Por meio de um intérprete, ele pediu desculpas, explicando que arrumar a cama era um reflexo tão natural e inevitável para ele quanto escovar os dentes a cada manhã. Mandela explicou que havia passado muito tempo na prisão, e que arrumar a cama era um hábito que não conseguia abandonar.>> O texto acima, do Jornalista inglês John Carlin, biógrafo de Mandela, diz tudo. sobre esta figura impar, o último herói verdadeiro da humanidade. Quantos séculos passarão antes que apareça outro igual a ele? Não choro sua morte, aliás, um descanso merecido. E me regosijo de ter vivido na mesma época de um cara assim, – O Cara!
