De ornamentos, belezas e um pai orgulhoso…

NANDANanda, minha filha acaba de lançar o livro derivado de sua tese sobre “Urbano ornamento”, com foco nas grades metálicas que povoam as velhas casas de sua (e também minha) cidade, Belo Horizonte. Mas ela não fala só de estruturas metálicas, fala das pessoas que moram ao lado e dentro delas e também dos que as fabricam, com um recorte intimo e humano de tais objetos. É orgulho mesmo o que sinto. Ver minha filha quase sufocada num mar de gente buscando autógrafos (e eu nem pude falar com ela no momento, só depois…). Não tenho nada a queixar em matéria de filhos, muito antes pelo contrário! Vai para Nanda este meu verso meio destrambelhado…

Nem tudo o que quero, faço

mas, desta vez, não escapo.

A Musa me disse: anda,

diz tudo, sem embaraço,

deixe de seca-papo,

fale do olhar de Fernanda.

Se ela é ramo de lucidez,

ou, quem sabe, de carinho,

eu versejo desta vez,

só prá lhe dar um gostinho.

E a Musa sussura: manda

um meigo verso prá Nanda.

Se falo somente dela,

As outras podem queixar:

Seja Sophia ou Daniela.

O que fazer, meu azar?

e ela insiste: é favor

fazer pra Nanda um louvor..

Me falece a inspiração

em meio à vida tão dura.

Mas logo, logo, a emoção

aparece em forma bem pura.

E na memória e no siso

de Nanda me vem um sorriso

A Musa aplaude: é assim

que faz um pai que se preza.

Sou literato chinfrim,

pareço um peru na mesa,

nào sou poeta, verdade,

chamem Carlos D. Andrade.

 

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3 comentários sobre “De ornamentos, belezas e um pai orgulhoso…

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