Eis que o Brasil se compraz e se regozija com Eike Batista preso. Ótimo, ele fará boa companhia (embora em prisões diferentes) a Sérgio Cabral, Cerveró, Youseff e outros. É o Brasil varonil que vai pra frente? Nem tanto, a meu ver. E a questão que levanto, de um tipo um tanto “diabólico”, é na verdade bem simples. Estes empresários e funcionários de alto coturno da Petrobrás fizeram negócios ilegais, certo? Compraram e pagaram. Mas não custa perguntar sobre o que é feito daqueles sujeitos que venderam e receberam e, pior ainda, propuseram este tipo de negócio a tais homens. Eles, os políticos, continuam se refestelando em Brasília, seja no Congresso ou nos mais altos cargos da República (e bota alto nisso…). Só foram pra cadeia os que perderam mandato – e olhe lá. Tudo isso me indica, de maneira cristalinamente oposta à turbidez dos negócios de Baptista & Odebrecht, que o grande problema do Brasil não é propriamente o de ter empresários corruptores, mas sim de ter uma chusma de políticos, maioria talvez, que se deixa corromper e ainda administra a corrupção em larga escala. Em suma: fim do foro privilegiado, JÁ!
