Poesia numa hora dessas?

Este é um título imperfeito. Por várias razões. Primeiro porque o que aí vai talvez não possa ser chamado de poesia, realmente. São apenas coisas escritas no calor dos acontecimentos, quando eu era usuário do tal do Facebook, me sentindo obrigado a produzir alguma coisa – qualquer coisa – sempre que acontecesse alguma coisa no mundo ou ao redor de mim. Depois, porque o título me foi dado por um amigo, de forma condenatória pejorativa, porque ela achava realmente que meus escritos não tinham nada a ver. Mas mesmo assim apreciei sua percepção e agora a aproveito, sem as devidas licenças do verdadeiro autor, para batizar esta série de desabafos que produzi ao longo do tempo. Meu consolo é que muitas das minhas críticas se justificam e que muitos dos criticados continuam às soltas por aí, a merecê-las. PS: Facebook para mim é coisa do passado. Casquei fora quando percebi que ali o produto (não remunerado) era eu mesmo.

Continuar lendo “Poesia numa hora dessas?”

O homem nu

(Notícia de jornal: no sertão de Pernambuco, um homem vive nu, jamais aceitou vestir roupas. Escondido pela família, sem amigos e de temperamento esquisitão, se recusa a explicar seu comportamento, pedindo apenas aos repórteres que respeitem seu modo de ser) Parece mentira contar, mas li em jornal outro dia, que um homem vivia pelado, escutem só o que dizia: – Vão zelar de suas vidas, me deixem … Continuar lendo O homem nu

Dia da Criação (Porque hoje é sábado…)

No Centenário de Vinicius também quero dar meu pitaco, com este sensacional “Dia da Criação”, que conheço desde a infância, de um disco de poesia falada (onde estão eles, acabaram?) da casa de minha avó Dodora. Como dizia Stanislaw Ponte Preta, VM era um sujeito plural; caso contrário seu nome seria “Vinicio de Moral”. I Hoje é sábado, amanhã é domingo A vida vem em … Continuar lendo Dia da Criação (Porque hoje é sábado…)

Mesa dos cem anos

Mesa dos Cem Anos (Em memória de meu avô, Altivo Drummond de Andrade)  Em torno daquela mesa ou então em uma outra, de tênue matéria feita, na etérea carpintaria onde cola, pregos, táboas, não são coisas de pegar, ali te festejaríamos e festa grande seria, até maior que a outra que todo o mundo conhece pela voz de teu irmão. Vê-nos todos? Somos tantos, bem … Continuar lendo Mesa dos cem anos