Consciência e solidariedade social todo mundo deveria ter. Especialmente no exercício profissional. Nas profissões de saúde, então, nem se fala! Nós os ditos sanitaristas (melhor falarmos “gente da saúde pública”) temos especial responsabilidade quanto à compreensão dos processos sociais, na solidariedade com os mais desvalidos, no compromisso com a ação política para mudar, para melhor, a vida de tantas pessoas. Mas isso nos impõe tantos dilemas…
Escrevi o presente texto há alguns anos atrás, como comentário encomendado pela Revista Ciências Sociais & Saúde a um artigo de Gastão Wagner de Sousa Campos – grande Gastão, um sujeito realmente no aumentativo em suas qualidades pessoais e intelectuais! O dilema que explorei diz respeito à ação política e ideológica e a conseqüente capacidade de transformar a realidade (ou nem tanto…). Invoquei, jocosamente, a contradição entre o “Super Homem” e “São Francisco de Assis”. Acho que ainda é atual. Apreciem.