Tese acadêmica… Felizmente já superei esta etapa, faz mais de uma década. Escapei com vida e saúde. Creio que meu orientador e as pessoas próximas a mim também. Dizem que uma tese a gente não acaba, apenas fica livre dela. O mesmo vale para construções e determinadas relações interpessoais. Pode ser verdade… Uma tese acadêmica pode ser definida assim: algo que dá um enorme trabalho para você fazer e depois se transforma em um pacote de papéis, tributo a muitas árvores imoladas, escondida em alguma estante perdida. Transformei a minha em livro (Saúde da Família: boas práticas e círculos virtuosos, EDUFU, 2007), mas nem assim posso afirmar que muitos a tenham lido. Na minha banca examinadora, na ENSP/FIOCRUZ, por exemplo, nem todos os membros leram – sem deixarem de serem gentis comigo. Este tipo de escrito é mais perecível do que leite em saquinho, nada de longa vida… Pois bem, deixo aqui arquivada a minha, em (auto)  homenagem aos anos que passei cuidando disso (1999 – 2002). Melhor assim do que simplesmente entregá-la à “crítica roedora dos ratos” (ou das traças), como disse Marx. Não deixou de ter sido um bom momento existencial para mim, embora bom mesmo fosse a minha coragem, na ocasião, de mudar para o Rio, assistir aulas intermináveis, gastar uma grana com passagens de avião. Isso eu não faria outra vez. Bom proveito aos possíveis leitores. O título acima é o que dei ao calhamaço, na época. No livro citado, resolvi encurtá-lo e ser mais explícito.

A propósito: minha filha Fernanda, que é designer e artista plástica, criou para mim, na ocasião, uma capa com tema “família”, utilizando esta foto que aí vai em destaque, da família Drummond. O sujeito sisudo, de pé à esquerda, é meu avô Altivo Drummond de Andrade. à frente dele está o irmão caçula Carlos (CDA)..

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