Um garoto fora da Província

Em meados da década dos 60, tive oportunidade de fazer duas viagens que, por assim dizer, ampliaram tremendamente o horizonte aberto pela ida a Brasília, para a monumental inauguração em 1960. A primeira delas foi a São Paulo, em 1965. Alguma coisa aconteceu, de fato, para mim – e não foi só andar pela esquina da Ipiranga com a São João (a canção de Caetano … Continuar lendo Um garoto fora da Província

Dodora

Em 1995 escrevi um texto poético sobre os 100 anos que teria completado meu avô Altivo Drummond de Andrade, falecido em 1961. Tal poema está publicado aqui no meu blog com o nome “Mesa dos cem anos”. Hoje, 25 de outubro é o aniversário de sua companheira de toda a vida, minha avó Maria Auxiliadora, Dodora, para os filhos, netos e demais parentes. Ela nasceu em 1902. … Continuar lendo Dodora

O Colégio da Elite Mineira (e meu também)

Logo nos dois ou três primeiros anos da década de 60, ainda adolescente – vai ser precoce assim lá longe! – eu deixara de ser udenista e virara comunista, dos mais convictos, aliás. O contrário, aliás, de Carlos Lacerda, liderança intensamente admirada em minha família materna. Influências não faltavam: eu tinha entrado, em 1960, para o Colégio Estadual – sim, aquele, o famoso e queridíssimo … Continuar lendo O Colégio da Elite Mineira (e meu também)

Nova fábula, sabor antigo

A Dilus cabia levar seu povo à Terra das Promessas. E tal líder passara anos de sua vida preparando-se para tanto. Até que começou a grande caminhada. Um grande obstáculo logo surgiu: um profundo desfiladeiro sobre o qual se perfilava uma ponte muito frágil. Dilus não era de fazer consultas, mas resolveu ouvir dois de seus principais companheiros de jornada, Rationibus e Practicus. O primeiro, … Continuar lendo Nova fábula, sabor antigo

Dez anos sem Roberto Andrade

Anos 50. O homem louro e alto, para nós crianças mais alto ainda, grande como uma torre, nos trazia o cheiro de currais e as histórias de lugares de nomes sugestivos: Uberaba, Barretos, Areias. A cada ano éramos apresentados a um novo primo, quatro evangelistas, meninas com os nomes começados por “B” e mais. Anos 60. Os encontros nas Areias. Festas regadas a conversas, brincadeiras … Continuar lendo Dez anos sem Roberto Andrade

Burra Lex, sed Lex?

FFoi bastante comentada nas chamadas redes sociais, nos últimos dias, a decisão da Justiça em liberar Suzane von Richthofen para o feriado do dia dos pais. Logo ela, a conhecida parrimatricida. Não entrarei no mérito da questão, a Justiça deve ter suas razões, certamente baseadas no princípio da isonomia de direitos. Ou seja, o que vale para alguns tem que valer para todos, mesmo para … Continuar lendo Burra Lex, sed Lex?

Calendário florístico: mangueiras – por que não?

Quando se fala nas floradas de Brasília a mangueira, planta humilde em tal quesito, quase nunca é lembrada. Mas ela também nos dá o ar de sua graça, entre julho e agosto, até que os cachos de flores pequenas, que logo se misturam com manguinhas em miniatura, cedem lugar aos frutos definitivos. Mas não deixam de serem bem decorativos os tons de amarelo-ocre e ferrugem, … Continuar lendo Calendário florístico: mangueiras – por que não?

Ouviram do Ipiranga…

Para início de conversa, gostaria de declarar minha completa adesão a uma expressão bem típica dos dias atuais, embora com diverso objeto: “fora Olimpíadas”! Entretanto, é em algo ligado a tais jogos de interesses, de rivalidades e de vaidades, que galvanizam a brasilidade no momento atual, que vou falar agora. Ou melhor, na polêmica criada em torno da interpretação do Hino Nacional brasileiro por Paulinho … Continuar lendo Ouviram do Ipiranga…